Deitado na minha cama, escrevo. Escrevo porque tenho sono, e por mais contraditória que possa parecer a situação, eu não durmo. Escrevo.
Escrevo porque algo em mim me manda escrever, me obriga a riscar no papel o que a voz não consegue produzir. Não consegue desifrar a dor que há dentro de mim.
O problema é que o meu fundo sabe a dor que sente - pois que a sinta ele! -, mas eu não passo de uma mera manifestação desse meu fundo, sobre o qual eu não tenho controle algum. Ai como eu gostaria de ter esse controle. Poder moldar-me como se de uma peça de barro me tratasse. Mas tentar mudar este interior, é como tentar moldar aço com as mãos. Por vezes, quando está muito quente, ainda é possível fazer alguma mudança, mas a dor resultante disso é demasiado forte. Demasiado profunda. Deixa marcas para toda uma vida. E é aí que reparo que a matéria contínua a mesma. Que eu sou aquilo que sou e nunca deixarei de o ser.
E pensando bem, sou feliz assim. E durmo descançado...
lindo Artur... já m tinha esquecido como escreves bem :) continua assim e tens uma seguidora
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