Ainda te espero.
Nestas tardes sem cor,
Onde a chuva se mistura
Com as gotas da minha dor
E onde a vida luta
Para ganhar uma mísera existência.
Aqui te espero.
E sempre esperarei,
Até que voltes para me buscar,
Para me levares contigo,
Para esse reino de vida
Que existe depois da morte.
Pois, mesmo que de morte seja esse feito,
A minha vida está lá,
E eu espero, espero que ela volte
Para me resgatar.
Espero a morte.
Para que possa assim,
Como outrora,
Viver.
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