Libertem-me desta escravidão que é a escrita!
Quem escreve por gosto, não mais consegue parar. Cada texto que assino é como um contracto, no qual vendo a alma à tinta e ao papel, em troca de um universo só meu, onde posso descansar o espírito e libertar os sonhos. "Mas a que preço?", pergunto Eu. Viver da escrita não é opção, não quando todos nos empurram para algo mais "digno" (digamos assim) que a nobre e velha arte que é a exposição gráfica da nossa mente, essa arte chamada escrita. Pois deixem-me que vos diga algo. Quando procuram um livro - um bom livro - para ler, esse livro é o produto de alguém que quebrou a barreira da sociedade, alguém que quis viver um sonho e por ele lutou até à última linha, até ao último ponto final.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
愛
Esta dor que carrego no peito,
comparada a força de tempestade,
levá-la-ei para o meu leito
com o doce sabor amargo da verdade.
Pois toda essa gente que me olha,
com toda a inveja e rancor,
desde o padre a um trolha,
não sabem o que é o amor.
Nem eu sei tal sentimento,
duvido até que possa existir.
Pois cria tanto sofrimento
e no final fico a sorrir :)
comparada a força de tempestade,
levá-la-ei para o meu leito
com o doce sabor amargo da verdade.
Pois toda essa gente que me olha,
com toda a inveja e rancor,
desde o padre a um trolha,
não sabem o que é o amor.
Nem eu sei tal sentimento,
duvido até que possa existir.
Pois cria tanto sofrimento
e no final fico a sorrir :)
sábado, 28 de janeiro de 2012
Sonhar
Não sonhes mais alto do que a tua vontade.
Sonhar sem concretizar é como namorar sem amar. Não nos dá felicidade, apenas uma momentânea ilusão. Pois, quando formos atingidos pela realidade, caimos redondos no chão. Perceberemos então que não devemos mais continuar aquele sonho sem vontade, que acaba na desilusão e na vitória da verdade.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Para lá da janela...
O que mais adorava ver, todos os dias ao olhar pela janela, era uma vista diferente. Não queria que a paisagem fosse a mesma por mais do que um dia. Adoro descobrir coisas novas, ver mundos novos, sentir novos odores e ouvir novos sons. Perder-me para lá da janela. E a razão pela qual eu não queria que a paisagem fosse a mesma por dois dias seguidos, é muito simples. Porque só assim poderia dar o verdadeiro valor, à beleza que cada paisagem tem para oferecer.
É incrível o facto de vivermos anos numa cidade e não dar-mos valor a coisas, para nós insignificantes, que enchem cartões de memória de máquinas de turistas! O facto de a paisagem não mudar na sua base, na sua essência, faz com que acabemos por coloca-la como mais uma coisa banal nas nossas vidas, algo com o qual nós temos de lidar todos os dias. Isso está errado, mas não entanto é a realidade da grande maioria de nós, 24 horas por dia, 7 dias por semana. E quando viajamos, somos nós os turistas que enchem cartões com banalidades da vida de outras pessoas, de outras vidas, que, tal como nós, deixaram de dar valor ao que há para lá da janela...
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Escrevo
Deitado na minha cama, escrevo. Escrevo porque tenho sono, e por mais contraditória que possa parecer a situação, eu não durmo. Escrevo.
Escrevo porque algo em mim me manda escrever, me obriga a riscar no papel o que a voz não consegue produzir. Não consegue desifrar a dor que há dentro de mim.
O problema é que o meu fundo sabe a dor que sente - pois que a sinta ele! -, mas eu não passo de uma mera manifestação desse meu fundo, sobre o qual eu não tenho controle algum. Ai como eu gostaria de ter esse controle. Poder moldar-me como se de uma peça de barro me tratasse. Mas tentar mudar este interior, é como tentar moldar aço com as mãos. Por vezes, quando está muito quente, ainda é possível fazer alguma mudança, mas a dor resultante disso é demasiado forte. Demasiado profunda. Deixa marcas para toda uma vida. E é aí que reparo que a matéria contínua a mesma. Que eu sou aquilo que sou e nunca deixarei de o ser.
E pensando bem, sou feliz assim. E durmo descançado...
Escrevo porque algo em mim me manda escrever, me obriga a riscar no papel o que a voz não consegue produzir. Não consegue desifrar a dor que há dentro de mim.
O problema é que o meu fundo sabe a dor que sente - pois que a sinta ele! -, mas eu não passo de uma mera manifestação desse meu fundo, sobre o qual eu não tenho controle algum. Ai como eu gostaria de ter esse controle. Poder moldar-me como se de uma peça de barro me tratasse. Mas tentar mudar este interior, é como tentar moldar aço com as mãos. Por vezes, quando está muito quente, ainda é possível fazer alguma mudança, mas a dor resultante disso é demasiado forte. Demasiado profunda. Deixa marcas para toda uma vida. E é aí que reparo que a matéria contínua a mesma. Que eu sou aquilo que sou e nunca deixarei de o ser.
E pensando bem, sou feliz assim. E durmo descançado...
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Pirotecnia
Hoje falarei de um assunto muito sério, que, na minha opinião, é a base de todos os problemas que afectam a nossa sociedade (ou talvez não). E esse grande flagelo é a inexistência de um piaçaba nas casas de banho públicas, bem, pelo menos na grande maioria destas.
Podem achar esta observação realmente idiota - o que é um facto - mas, parecendo que não, ao fim de um alívio intestinal mais... digamos que endurecido e longo (no grosso modo), a falta de um piaçaba, para esconder a festa que ali se deu, é de facto vergonhoso! Quando ninguém nos vê a sair do wc, ainda estou como diz o outro, mas ,como estamos em Portugal, qualquer bom português que se preze vai logo a correr ver quem foi o "gajo" que andou a deitar foguetes no café (ou outro qualquer local com banheiros públicos)! Pois, como já devem ter reparado, o povo português é um povo que adora a arte da pirotecnia, de tal forma que quer logo saber quem foi o autor da obra. Pena que não seja para pedir autógrafos, o que seria doentio.
Por isso, caros amigos, da próxima vez que tiverem vontade de realizar um espectáculo pirotécnico, verifiquem se existe a vassourinha mágica. Caso contrário aguentem até casa, ou andem sempre com uma atrás de voçês. Afinal de contas, homem prevenido vale por dois, até mesmo na hora de cagar.
sábado, 16 de julho de 2011
Nós
Abusamos da sorte.
Abusamos do olhar.
Abusamos muitas vezes da forma de amar.
Sufocamos quem amamos, sem mal nisso ver.
Sofremos no fim, quando acabamos por crescer.
Tentaste... tentaste.
Tentaste sempre melhorar.
E quando chegas à tua meta
já tens outra para alcançar.
O mundo não pára,
não espera por nós.
O que nos é meigo um dia,
noutro torna-se feroz.
Rezaste aos céus, mesmo sem ter fé.
Caíste no chão, mas bateste o pé.
Estás agora no purgatório,
depois de teres ido ao céu e ao inferno.
Tudo isto para salvares esse amor eterno.
Abusamos do olhar.
Abusamos muitas vezes da forma de amar.
Sufocamos quem amamos, sem mal nisso ver.
Sofremos no fim, quando acabamos por crescer.
Tentaste... tentaste.
Tentaste sempre melhorar.
E quando chegas à tua meta
já tens outra para alcançar.
O mundo não pára,
não espera por nós.
O que nos é meigo um dia,
noutro torna-se feroz.
Rezaste aos céus, mesmo sem ter fé.
Caíste no chão, mas bateste o pé.
Estás agora no purgatório,
depois de teres ido ao céu e ao inferno.
Tudo isto para salvares esse amor eterno.
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